O Toriyama foi o que fez essa criança de 39 anos continuar apaixonado por desenhos animados desde os anos 90. Ainda muito garoto, esperava ansiosamente por novos episódios de Goku e sua turma. Até me aventurei em aulinhas de Kung Fu na época. Comecei a desenhar aquele personagem esquisito, de cabelos pontudos e comprava revistinhas nerds e os mangás de Dragon Ball para poder copiar os desenhos que me traziam alegria e que, provavelmente, moldaram o meu caráter.
Toriyama fez aquele garotinho de olhos azuis e cabelos louros passear pelas ruas da Liberdade em SP com o olhar brilhando por uma cultura que é incrivelmente rica e que tem arte em todos os detalhes.
Foi por causa de Tori que eu tomei coragem e comecei a trabalhar com desenho. Foram aquelas primeiras encomendas de quadros feitos à mão, de personagens famosos de Dragon Ball que me fizeram desistir da publicidade e focar na minha carreira como ilustrador.
A Toriyama sou grato para sempre, o sentimento é de que perdemos o Norte, mas, ao mesmo tempo, acreditamos que ele está no Caminho da Serpente, ou no Templo de Kamisama, maravilhado com o tamanho da sua obra e o tanto que ela mexeu com a gente.
Os garotinhos que vivem em nós ainda erguem suas mãos aos céus para criar a última Genki Dama e adorariam ter um radar do Dragão para encontrar as esferas e pedir para que o mestre volte.
Toriyama Sensei どうもありがとうございます
Desenharei Dragon Ball para sempre.